Lembrando de vidas passadas. São as imagens que chegam na minha mente nos momentos mais solitários e exaustivos que tenho. Que venham, nunca as desprezo, elas me completam e eu amo isso.
Parque lindo no estilo Central Park, folhas amareladas caindo das arvores em abundancia e leveza comovente. Leve brisa que ao bater em meus ombros me levam a um patamar único de um local sem gravidade. Saio voando, e assim, vendo toda aquela paisagem por cima. Angulo incrível, inacreditável. Não, eu estou em um sonho, não é possível!!
Vermelhos me chamam atenção, no meio do amarelo envolvente, ouço passos, mas desconfio de ser uma pegadinha da minha mente, envolvida com tanta solidão e espaço vazio que, a outra, não soube preencher e pixou de preto as paredes brancas que haviam no interior de minha alma. Quanta maldade. O que o amor me fez. Ainda tenho que ver ela, todos os dias da minha triste e monótona vida. O que fazer? Não farei nada, apenas o simples fato de ignora-lá e seguir em frente no meu caminho, afinal, é um caminho que ela não soube como andar e assim, despencou desfiladeiro abaixo com as armadilhas pelo caminho.
O vermelho ainda me chama a atenção e de uma forma cada vez mais forte, chegando num ponto onde não consigo mais tirar os olhos. O que seria? Aquela moça. Aquela moça que a cor me chamou a atenção. Linda mulher, uma Deusa em forma de ser humano. Sorriso bonito e envolvente, toque suave, voz doce. A minha paixão voltou.
Mas não posso, estou em um sonho e não posso me apaixonar pelo surreal. Quanta maldade comigo mesmo. Minha mente mesmo me pregando uma peça. De repente, esta linda mulher começa a sumir, como um soluto, do mais negro possível, se dissolvendo em água e deixando a apos um tempo, incolor novamente. Que graça. Percebi em meu rosto um leve sorriso genuíno mas aparentemente sem motivos.
Volto para o chão, com toda a gravidade terrestre agindo sobre meus ombros novamente mas não me importando mais com ela. O peso que ela exerce sobre mim não significa mais nada. Doce pensamento, ótimo sonho, grande ilusão. Me iludi sim. Foi ótimo, me mostrando assim que nas paredes do interior da minha alma, tinha papel. Um papel facilmente removido, tirando aquela tinta preta que a anterior deixará pra me amedrontar futuramente.
Volto sempre para meus sonhos e para a minha calçada cheia de folhas amarelas caindo em abundancia. Volto sempre para a vida real de outro jeito, olho para as pessoas de outra forma.
Ainda me recordo bem daquele vermelho, e daquele cabelo que me encanta e me hipnotiza por completo. Ainda volto no meu sonho só pra te ver, ainda vejo essa cena e não que esquecer!