Já não faz muito tempo, mas esse não muito parece eterno.
Sempre falo de mudanças, de não fazer mais isso e aquilo e que aprendi com os erros etc e tal, mas não. Não mudei, pelo menos não vi essa mudança; percebi meus erros e pretendo não comete-los novamente. E não que eu tenha mudado minha cabeça. Não. Mudei apenas, de novo, meu angulo de visão, mas mantenho um olhar no mesmo ponto de antes para, não sei, quem sabe, conseguir… andar.
Não que eu seja desentendido ou perceba as coisas depois que já aconteceram, isso não existe comigo. O que existe comigo é o medo de arriscar fazer alguma coisa. Pareço um robô programado para andar e olhar na mesma direção, sem me permitir desvios de caminho e perder o olhar para a minha esquerda… […]E claro, a minha esquerda. Eu gosto da minha esquerda quando ela chega e senta ao meu lado. É linda, realmente linda[…] O medo é uma besteira, como sempre.
Eu penso no passado. Talvez eu goste da idéia de gostar do passado. É estranho, mas já sonhei com esse passado. De olhos abertos, no meio do escritório, me peguei pensando. Fechei os olhos e pressionei as mãos sobre eles, balancei a cabeça na tentativa de afastar os pensamentos. Vi o vermelho do meu sangue ficar cada vez mais fraco, numa freqüência de aumento de branco. Parou meu coração? Não! Era a luz da minha tela conforme eu abria para poder voltar a redigir Michael Porter.
Meu passado não deu certo por um simples motivo meu, e interno. Pressa e posse. Tenha pressa nas coisas, quero que elas aconteçam em velocidade supreendentemente rápida. Quero acordar com tudo pronto já e tenho a possessão que não me ajuda. Ok!
Terminei sem me preocupar e que seja. Afinal, eu precisava arriscar. Atirei no escuro e o tiro saiu pela culatra, travou o tambor e não me deixou acertar o que estava na mira, algo que talvez fosse certo… ou não. Existe as duas fases em tudo.
Não que eu me faça de desentendido, não é isso. Somente não quero arriscar por perder algo. Não que eu ame, não… ainda pelo menos, vai saber…, mas me atrai. E claro, deveria seguir a atração. Minhas regras nunca são aplicadas a mim. Mas olha, receber sms é ótimo… O que tem haver isso? Nada, esqueça!!
Algum dia eu sei que talvez farei algo. Esse dia pode chegar e ser ótimo ou ser tardio já. E pelo andar que sigo, será tardio. Mas tudo bem (??????), eu consigo sobreviver apenas com meu fone de ouvido enquanto não tenho nada embaixo do meu braço. Pode parecer surrealista imaginar isso só que… não. Não é!!