É um fato quase impossível de agir como algum ser humano normal. Mas quem foi que definiu o normal? Ninguém sabe o que é normal e o que é insano nem nada mais. Total ausência de corresponder alguém falando ou agindo é normal? Anormal? Um jeito afastado significa problemas? Ou simplesmente o jeito que se tem?! Não se muda, nada muda e ninguém muda. Programados geneticamente pra amar, sofrer, ser feliz, chorar, gostar disso e daquilo e aquela, não gostar disso nem daquele… morrer. Falta uma certa sensibilidade em suas palavras para corresponder a voz calma e leve que ouve. Por um medo que não se sabe de onde vem, por não saber o que fazer depois de tais faladas que dão tanto medo de serem ditas, por medo de arriscar e não ser aquilo que estava pensando. Com medo? Medo!
Muitas coisas erradas, decisões totalmente precipitadas e algumas pra tentar fugir daquilo que queria(?)… Varias laminas em uma mão em direção a um pescoço qualquer. Qualquer? Não, especifico! Varias tentativas, afinal: Quem iria se importar com algumas gotas de sangue derramadas? Essa seria a fuga. Saída. Mais cara e muito mais rápida e definitiva. Inacabada mas eficiente. Contra o que? Futuro. Futuro que reserva o bom e o péssimo. Não pessimista, realista!
Seu passado foi embora de certa forma por falta de uma atitude tão simples e rápida. Seu presente corre o risco da mesma coisa. Ir. Para onde? Ele não sabe, mas sabe que causa dor, uma dor que aumenta a cada dia por algum motivo. É gostar demais e esperar demais. Sonhar demais tudo, exatamente tudo, em excesso. Menos a coragem, essa que nunca lhe aparece nem em pouca quantidade e quando vem, é pelo impulso que pode acarretar em besteira.
Seu presente, fugas e mais fugas. Tormentos e grandes pressões mas não precisa tanto, sem decisões agora. E quando fala que tem vontade de ir, lhe sobe a vontade de ir até aquela gaveta e pegar novamente sua lamina para tentar mudar alguma coisa, ou talvez tudo.
Ou talvez nada. Talvez mais um sonho, mais uma vida construída em pensamento que logo vai cair novamente. Não se sabe mais em que acreditar.