Vamos correr e ver quem consegue nos alcançar. Quem consegue nos deter. Quem vai conseguir nos matar.
Loucos, eles vão nos parar somente por parar. Inocentes, não sabem o que estão fazendo nem o tempo que estão perdendo. Correndo por nos, querendo passar na nossa frente, deixando suas vidas de lado e se preocupando com a nossa. Espera, estão confusos, confundindo o que estão, sentindo, olhando, pensando e fazendo. Vamos, me escute.
Se aproxima a tempestade. Turbulenta, violenta, voraz. Não vai se importar com o que ou quem está na sua frente. Vamos nos esconder. Mas já estamos escondidos, ninguém sabe. já estávamos mas algo aconteceu. A tempestade passou. Te levou, me levou. Separados, todos. Silêncios dominantes e gritantes. Gritando dizendo que foi um erro. Sonhos errados, começos errados, hora errada. Tudo errado. Palavras erradas, olhares errados, toques errados. Estamos errados. Sem mais nada a saber. Pensamos no que passou, relembrar é torturante. Saturou tudo. O que fazer? Esquecer é impossível. Ignorar. Lembranças malditas, atitudes que não deveriam ter sido tomadas.
Ninguém vai entender o que você tem nem o motivo de fazer tanto isso. Abra sua pele, deixe a dor disso escorrer. Ninguém pode saber o que acontece. Fomos torturados pelo mesmo motivo. Todos, seremos. Sem dúvidas. Mas não se deixe, não me deixe. Não se perca, não vou me perder. Distantes, afastados. O que eu tenho? Eu perdi mais uma vez, igual perdi a todos. Mas acredite, daremos a volta por cima. Pode acreditar.
Pode acreditar – Fersil